Reciclagem em Kingston, na Jamaica

Uma bandeira que tem sido levantada com empenho no mundo é a importância do cuidado com o meio-ambiente. Abordei esse tema recentemente, quando falei sobre as práticas de ESG nas empresas.

Reciclagem em diferentes países

Japão

No quesito reciclagem, a diferença entre as práticas em um país ou outro são muito diferentes. Hoje em dia, é bastante comum o uso de lixeiras identificadas para plástico, papel, vidro, bateria, etc. Inclusive, dependendo do país, esse detalhamento é tão elevado que dificulta bastante o trabalho das pessoas que desejam se livrar do lixo com certa velocidade, e acabam por se desfazer do lixo sem critério.

As lixeiras identificadas são muito comuns, principalmente, nas escolas, onde tem sido comum o estímulo de cuidados com o planeta.

Sujeira em Fort Clarence
Sujeira em Fort Clarence, 2020

Por outro lado, enquanto no Japão quase não se vê muitas lixeiras pela rua, por sua população ser habituada a guardar o seu próprio lixo e jogá-lo no seu destino em casa ou no trabalho, em outros países, o lixo não é separado, tratado ou reciclado.

Em Kingston, na Jamaica, as praias mais próximas são muito sujas. O lixo é deixado pelos frequentadores, sem o cuidado com as areias, o mar ou os animais, que podem adoecer ou morrer, devido aos engasgos ou alimentação inapropriada.

As residências não têm obrigatoriedade de separar o lixo e os condomínios acumulam sacolas de lixo, muitas vezes até abertas com os seus lixos espalhados atraindo ratos.

Ainda não há uma cultura de reaproveitamento dos alimentos. Muitos alimentos apodrecem na geladeira. Não há a mentalidade comum no Brasil de preparar um doce com uma banana muito madura ou uma sopa ou tortinha com restos de comida da geladeira. As pessoas prepararam uma quantidade elevada, não congelam para serem usadas depois; apenas jogam no lixo a comida que perdeu. Dá a impressão que poupar é “coisa de pobre”.

Boas práticas na Jamaica

Adriana Lombardo com sua ecobag, 2022

Por aqui, existe a preocupação com o uso de plásticos, portanto nos supermercados, o cliente deve usar a sua ecobag ou procurar caixas de papelão para guardar as compras. As caixas de papelão são mais facilmente encontradas em hipermercados, portanto o ideal é que cada um tenha a sua própria sacola. Muitos supermercados, também, comercializam as sacolas. No entanto, é preciso que o consumidor fique atento à não acumular dessas sacolas em casa.

A reciclagem de garrafas é algo praticado, com inclusive vários pontos de arrecadação. As garrafas de plástico podem ser deixadas do lado de fora dos restaurantes Chilitos, Barbican Beach Bar, ou na escola AISK e na Earth Elements Jamaica. As garrafas de vidro podem ser deixadas no Ujima Farmers Market e aquelas de cerveja podem ser vendidas nos supermercados. A empresa Recycling Partners of Jamaica tem apoiado esssa causa. Segundo o jornal Jamaica Gleaner, o Ministro Daryl Vaz, afirmou com preocupação que

“A Jamaica produz 800 milhões de garrafas PET e, em setembro de 2019, apenas 20% estavam sendo coletadas”.

Algumas escolas atuam para conscientização dos estudantes sobre a importância de cuidar do meio-ambiente. Antes da pandemia, a AISK, Escola Americana Internacional de Kingston, organizou trabalhos voluntários para limpeza das praias, reunindo estudantes e professores para a realização do trabalho.

Conscientização

Ainda é preciso uma sensibilização para se criar a cultura de limpeza e cuidado com o espaço compartilhado. Do mesmo modo, os países precisam estudar o destino dos lixos, pois mesmo alguns países mais avançados têm critério na separação do lixo, mas nem sempre tem um planejamento avançado para destruição ou reciclagem dos itens.

Como você percebe a reciclagem no seu país? Na sua opinião, o que deveria ser feito para garantir um planeta melhor para se viver para todos nós?

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1 comentário em “Reciclagem em Kingston, na Jamaica

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