Em tempos de crise econômica e social, uma palavra tipicamente brasileira pode inspirar esforços coletivos em prol do bem estar comum. Essa palavra, mutirão, derivada da língua indígena Tupi, originariamente indicava a mobilização da comunidade da aldeia para atividades de colheita ou construção. Atualmente, refere-se a várias iniciativas coletivas e pontuais, realizadas de forma voluntária e gratuita por grupos de pessoas, empresas ou organizações, em vários contextos e por várias causas.
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Geralmente, os mutirões são realizados quando há necessidade de se responder de forma urgente a alguma emergência. As enchentes no Brasil, bem como os tsunamis e terremotos no Japão, são apenas alguns recentes exemplos de catástrofes que geraram “mutirões emergenciais”. Outros mutirões dessa categoria são promovidos por instituições governamentais quando há excessivo acúmulo de atrasos na expedição de documentos ou na realização de processos judiciais.
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Os mutirões emergenciais, geralmente, são muito eficazes. Entretanto, para gerar efeitos de mais longo prazo e impacto, além de evitar maiores problemas e catástrofes, já chegou a hora de aumentar as mobilizações coletivas em prol do desenvolvimento sustentável, movendo a ênfase da mera reação para a “ação proativa” e preventiva. Sua organização ou empresa pode fazer a diferença, até beneficiando-se das suas próprias iniciativas em prol de causas de interesse coletivo. Afinal, recentes pesquisas de mercado demonstram reações positivas às ações de “responsabilidade socioambiental empresarial”. Que tal, então, promover “mutirões socioempresariais” junto às comunidades, bancos, federações e outras entidades de classe, em proveito da sociedade, da economia, do meio ambiente e das cidades e estados onde atua?
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