“Casa de ferreiro, espeto de pau“ é uma expressão que aborda a incoerência do indivíduo ou da organização. Pode ser utilizada quando uma pessoa contesta algo que ela própria pratica ou quando uma instituição portadora de determinados valores age de forma contrária ao que ela própria estimula. Entre as empresas relacionadas ao campo da inovação, é fácil identificar os famosos elefantes brancos, geralmente abrigados em prédios enormes, que impõem uma gestão conservadora e extremamente hierárquica, dando pouco espaço para o desenvolvimento de talentos e a utilização de um modelo de gestão criativo e inovador.
Quantas idéias per capita aparecem nas empresas mas passam despercebidas?
Por que deixamos de escutar atentamente aqueles que trabalham diretamente com a gestão operacional e/ou com os clientes, acreditando que o conhecimento está somente na alta administração?
Por que não agimos de forma coerente nem com aquilo em que dizemos acreditar?
Dá para valorizar e reconhecer os “talentos internos”, ou seja, aqueles que podem estar na nossa empresa ou até mesmo dentro da própria casa?
Até que ponto a administração é arte e até que ponto é ciência?
Se você é coach, costuma usar um “espeto” coerente com a ética e as competências principais exigidas pela ICF (http://www.coachfederation.org/portuguese/index.cfm/p/sobre-a-icf-/competencias-principais-da-icf) ou, independente de ser ferreiro ou coach, o que você mais quer é espetar seus clientes?
Se você for proprietário, presidente, diretor, gestor ou sócio de alguma empresa e ainda não fez a si mesmo(a) alguma das perguntas acima, talvez seja a hora de, com humildade e sinceridade, fazer algumas reflexões.
(Imagem acima de autoria de Fernando Carvall, obtida de: http://fcarvall.blogspot.com)