Muitos pais preferem não almoçar ou jantar fora de casa por temerem o comportamento dos filhos nos restaurantes. Por outro lado, a falta de hábito dificulta a transmissão do comportamento esperado e do treinamento em si. Na tentativa de facilitar a adaptação, selecionei algumas opções em Brasília e arredores, dependendo da necessidade dos pais em cada momento.
a) Busca por um local para estimular a criança a “comer tudo”, admirar a vista panorâmica e depois ir brincar – Trem da Serra – opção de alimentos saudáveis e fáceis da criança comer, como o “Franguinho de terreiro com quiabo à Tia Anita” , que é servido acompanhado de arroz branco e angu de milho verde. O angu não é feito com leite, portanto é uma boa opção para dietas com restrição à lactose. Após o término do almoço, os filhos podem ser premiados com passeios no parquinho ao lado ou na trilha ecológica, além de poderem apreciar os animais e a paisagem. No entanto, visto que o local está no alto de uma serra, não é recomendável deixar as crianças sozinhas. Os pais devem aproveitar a oportunidade e participar da caminhada, lendo as placas e ensinando alguns detalhes da região. Ao final todos voltarão para casa imensamente felizes. Dica especial: calce tênis, preferencialmente de trilha antes de sair de casa.
b) Busca por um ambiente familiar, deixar as crianças fazerem um passeio na beira do Lago Paranoá, depois de terem almoçado – Ki Muqueca, no Setor Hoteleiro Norte. O local também é interessante para levar bebês em carrinhos, pois há como estacioná-los perto das cadeiras.
c) Busca por entretenimento pessoal com marido, esposa ou amigos – Confraria do Camarão aos finais de semana, pois tem cama elástica. No Beirute, da Asa Sul, e no Libanus tem parquinho na área externa. Dica especial: tente reservar ou conseguir uma mesa na parte externa da Confraria ou do Beirute, tornando possível acompanhar as brincadeiras dos pequenos e manter o bate-papo. No Libanus, a mesa fica na parte interna, mas é possível acompanhar a brincadeira no parquinho e até vale o combinado: “Na hora que a comida chegar, vocês lavam as mãozinhas e voltam para mesa”.
d) Busca por um local para as crianças petiscarem sabores diferentes – Mangai. O buffet com comidas variadas dá oportunidade para que a criança participe da escolha dos alimentos e seja iniciado um assunto sobre comidas regionais, o que pode, inclusive, render boas garfadas até para aqueles que não gostam de comer muito. Dica especial: com um parque belíssimo em frente ao Lago Paranoá, porém em local descoberto, é importante lembrar de passar filtro solar nas crianças e manter supervisão.
e) Busca por local para se despreocupar das crianças independentes – Porcão – tem brinquedoteca. No entanto, as crianças não conseguem ver os pais, enquanto brincam, e assim sendo, algumas se sentem inseguras. Dica: vá em grupo com amigos que tenham filhos da mesma idade e que possam apoiar um ao outro. Empório da Mata, tem área verde e ambiente propício para passeios, porém tem dois andares. Dica: dependendo da idade da criança, faça reserva para sentar perto da área verde, de onde é possível acompanhar a brincadeira.
f) Busca por estimular o espírito aventureiro – Carreira Kart – no Parque da Cidade. Após uma voltinha de kart, as crianças podem brincar no escorregador embaixo de uma frondosa árvore. Se você escolher uma mesma ao lado do parquinho, vai ser possível brincar com os filhos, conversar com o parceiro e ainda saborear um grelhado. Aqui é difícil instituir o “comer e depois brincar”, mas em dia com maior liberdade, eles podem comer e depois dar uma voltinha enquanto mastigam. Dica: lembre que o papai ou a mamãe está abrindo uma exceção. (risos) Outra boa opção é o Rancho Canabrava, embora mais distante da cidade. Além do gostoso parquinho, crianças e adultos podem fazer arvorismo, pois tem uma trilha para pais e filhos e uma trilha pequena e simples só para as crianças menores. Para quem não tem praticado exercícios físicos, recomendo assistir o passeio e tirar fotos. A trilha para adultos exige esforço.
g) Busca por estimular os pequenos a comerem – restaurante japonês. Eles acham sushis e temakis altamente atraentes. Claro, aqueles rolinhos coloridos parecem terem sido criados para desenvolver o paladar infantil! Ao iniciar a prática, recomendo as opções com kani, pepino, tomate seco, ou os cozidos. Dica especial: para crianças com intolerância à lactose, nada de cream cheese!
h) Busca por requinte e sofisticação – Oliver, no Brasilia Golf Center. Por incrível que pareça, as crianças mais habituadas bebem água na taça enorme e se sentem reis e rainhas. Dica: pode passear ao redor do restaurante, mas não pode pisar nos campos de golfe.
i) Buscar por diversão e praticidade – pizza! Boas opções: Dona Lenha, Valentina, Capodanno, Santa Pizza, etc. etc. etc. As pizzarias Valentina e Capodanno tomam o cuidado em levar o suco em dois copinhos baixos para que a criança não precise ficar de joelhos e tem sabores que utilizam queijo de cabra (opção para intolerantes à lactose).
j) Busca por opção alternativa: almoçar no aeroporto (tem várias opções de restaurante fast food).
l) Busca por atmosfera relaxante – Coco Bambu, vista para o Lago Paranoá e Retiro do Pescador – local agradabilíssimo e boa sensação de proximidade com a natureza. No Retiro, é possível passear com carrinhos de criança até o pier. Algumas relaxam tanto que dormem sorridentes, enquanto os pais almoçam. Para as crianças maiores tem parquinho e petiscos maravilhosos. O Pontão é outra boa opção e, ao lado do Bargaço (especializado em frutos do mar) também tem parquinho, porém como fica do lado de fora do restaurante só é possível para crianças independentes ou se houver supervisão de um adulto, pois a brincadeira pode se tornar arriscada, afinal o percurso restaurante-parquinho é pelo estacionamento de veículos. No Pontão, há grande aprovação infantil pelo Mormai que tem uma vista linda para o Lago Paranoá e algumas mesas baixinhas que a criançada adora; sem contar que muitas delas adoram açaí na tigelas, sucos naturais e o atraente – sushi.
m) Busca por preparar a adaptação infantil antes de viajar e conhecer uma nova cultura – restaurantes do estado/ país onde você pretende visitar. Se precisar, entre em contato comigo para receber mais dicas e/ou preparação para mudança por Coaching Transcultural.
Enfim, ir ao restaurante levando os filhos pode ser oportunidade de ensinar valores, compartilhar aprendizado, divertirem juntos, divertirem separados (mas, de olho), repassar os conceitos de educação à mesa enquanto eles ouvem e visualizam os outros fazendo, sair de casa… e ter um passeio muito agradável. Desejo isso a todos os meus leitores, de coração!
Parabéns pelas excelentes dicas !!! Concordo plenamente que temos sim que incluir nossos pequenos filhotes em programas familiares e levá-los a conhecer o diferente para assim aumentar suas experiências pessoais e até culturais !!!! Beijossss, Sabrina Herzog.
Estarei postando no meu facebook.
Vc publica o que vivencia com o Luigi, daí todos que o levam a restaurantes ou outros lugares o acharem educado . Sabe desde pequeno como se comportar nestes locais.
Está de parabéns porque vc fala e dá dicas daquilo que faz.
Agradeço seu comentário, Dilza. É verdade que estou sempre buscando aprimorar meu papel de mãe. Compartilho, aqui, algumas experiências para facilitar o percurso de quem tem os mesmos interesses: viver de uma forma feliz e equilibrada e ajudar seus filhos a se tornarem cidadãos. Além de tudo, quando recebo o feedback dos leitores, eu aprendo também novos métodos e perspectivas.
Ótimas dicas Adriana! Confesso que, quando saímos todos juntos, volto meio frustrada por conta do comportamento da minha filha. Algum tempo atrás, acreditava que apenas eu tinha essa dificuldade,… em controlar minha pequena na mesa. Achei muito relevante a sua contribuição, dando dicas baseadas em sua experiência como mãe. Acredito também que é imprescindível esse treinamento com nossos filhos para torná-los cidadãos, e nós pais sem “culpa” e felizes. Um grande abraço!
Elisangela, agradeço seu comentário e sua contribuição. Você abordou um ponto importante, a felicidade. Nossa proposta com a maternidade é exatamente a de ampliar a nossa felicidade e não o contrário. O desafio é aprender e aprender junto com eles, aprender com os livros, aprender com quem já teve experiências similares… e transformar os passeios em algo prazeroso. Fico triste quando percebo que algumas mães desistem e acabam optando por deixarem os filhos com babás e saírem sempre sozinhas, porque aí não tem aprendizado nem para os filhos e nem para nós mesmas. Um afetuoso abraço e espero que você volte aqui e conte as novidades. Vamos seguir aprendendo com as novidades!