Pink tax: o custo de ser mulher

Você acha que mulheres pagam mais do que homens por produtos equivalentes? Se você respondeu sim, você está certo. Uma pesquisa da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM mostra que produtos com cores ditas “femininas”, como rosa, vermelho e lilás; são em média 12,3% mais caros do que produtos masculinos. Esse fenômeno é conhecido como “pink tax”, ou “imposto rosa” em português. Foi observado que um desodorante feminino é em média 40% mais caro do que um masculino. Já uma lâmina de barbear rosa, por exemplo, custa o dobro do preço de uma lâmina azul do mesmo tipo. Infelizmente, esse é um problema grave na indústria.

É importante observar que embora esse fenômeno seja popularmente conhecido como “imposto rosa”, ele não é um imposto real, e sim uma escolha das empresas de cobrar mais caro em produtos femininos. Em um cenário em que a mulher brasileira ganha em média 25% a menos do que o homem, essa decisão causa um impacto extremamente negativo na sociedade. Portanto, essa escolha vai contra o aspecto social dos critérios ESG que falei no meu post A Importância do ESG nas empresas.

E por que isso ocorre? A publicitária Ana Laura Oriani aponta para a questão cultural. Segundo ela, “Mulheres são tidas como as mais consumistas, as que mais gastam com produtos para beleza, as que estão sempre mais atentas com a moda.” Nessa perspectiva, diversas empresas se aproveitam dessa ideia e lucram mais nos produtos femininos. Países como Austrália e Quênia têm cortado impostos desse tipo de produto para evitar esse problema.

E você, o que pensa que deve ser feito para evitar a pink tax?

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