Quando pensamos que vivemos para trabalhar, que temos muitas coisas para fazer e não somos capazes de gerenciar todas as atividades, que não temos paciência para responder com humildade quando alguém nos fala algo que não gostamos, quando nos sentimos frequentemente irritados, ou até mesmo quando nos sentimos incapazes de lidar com uma situação difícil e, portanto, desistimos dela nos fechando no quarto ou dentro de nós mesmos; estamos, na verdade, acumulando sintomas de estresse.
O estresse é uma reação física e mental natural às experiências da vida. É comum expressá-lo de tempos em tempos. Qualquer coisa, desde responsabilidades cotidianas, como trabalho e família, até situações mais desafiadoras como um problema de saúde, um divórcio ou a morte de um ente querido, pode desencadear estresse. Ter um dia estressante e um sentimento de cansaço eventual pode acontecer e não ser tratado. Mas, em situações em que o profissional precisa se manter, por exemplo, por muito tempo afastado da família por constantes viagens internacionais, falta de cuidado físico e acúmulo de obrigações pessoais que vão sendo deixadas de lado por uma dedicação exclusiva ao trabalho pode colocar em risco a saúde mental.
O estresse que, normalmente, está junto com a ansiedade acarreta doenças graves no organismo. Muitas dores físicas, após investigação médica, são identificadas como estresse. Se em um primeiro momento, essas dores não são consideradas doenças crônicas, elas podem se tornar. Enxaquecas, gastrites, tonturas são alguns sintomas comuns, mas novas doenças podem ser geradas ou intensificadas em decorrência de outras.
O estresse, hoje em dia, não está mais associado somente a uma rotina de trabalho tensa ou aos relacionamentos difíceis com chefes ou colegas. Ele pode prejudicar até um bebê. Às vezes, um neném que não dorme pode estar estressado por ouvir um ruído persistente e incômodo, ou por acompanhar as constantes discussões dos pais, mesmo quando parece estar descansando.
Embora as causas sejam variadas, o estresse e a ansiedade estão, na maioria das vezes, vinculados às preocupações com o futuro. Darei alguns exemplos baseados nos relatos dos meus clientes de Coaching. Por exemplo, no caso de pessoas que moram fora dos seus países, uma série de dúvidas sobre quando conseguirão um emprego, quando chegará a mudança, quando terão novas amizades ou um relacionamento afetivo duradoutro, e até mesmo a insegurança sobre quando retornarão ao seu país podem perturbar a qualidade de vida. Do mesmo modo, alguém que acaba de perder o emprego pode ter uma crise por não saber como pagar as contas, quanto tempo ficará sem remuneração e como a notícia irá abalar a família.
Muitas pessoas nesse estado levam seus problemas até mesmo para o sono. A consequência é não conseguir dormir, o que apenas piora o quadro. Além disso, a falta de um sono relaxante gera irritabilidade e isso deteriora as relações. Portanto, é importante frear esse efeito dominó negativo antes que ele seja devastador para várias áreas da vida.
Mas, o que fazer para gerenciar o estresse?
Para melhorar, é preciso ampliar a visão de mundo. Perceber que não está sozinho é muito positivo, pois o sentimento de isolamento também gera não somente o estresse como a depressão. É muito positivo quando uma pessoa está chateada com o trabalho, por exemplo, e encontra um amigo que também está incomodado com a mesma coisa. Sentir-se parte de um mundo onde existe frustração e chateação conforta, principalmente quando se conversa com pessoas que sabem lidar e ultrapassar seus desafios. Por outro lado, é importante também observar as verdadeiras causas do estresse. Pergunte a si mesmo: É o trabalho que não me agrada? Seria o caso de tomar coragem e buscar algo novo? Estou exigindo demais de mim, do meu marido, da minha chefe? Estou sendo grato e feliz pelas conquistas que tive? Qual é o segredo para ser feliz todos os dias?
A prática do mindfulness, que está na moda agora, não é atual. Ela está no budismo, no cristianismo, e é presente em várias ferramentas de coaching que estimulam o estado de presença. Eu já trabalhava o estado de presença, desde os meus primeiros coachees. Você pode me perguntar, por que eu trabalhava com esse tema, fazendo Coaching Executivo. Por que desenvolver o estado de presença entre executivos?
As distrações, as preocupações, os desafios do dia a dia fazem com que os profissionais não sejam tão produtivos como poderiam, se percam nos problemas e não percebam as soluções e estratégias adequadas para lidar melhor com as questões cotidianas. Muitos problemas no ambiente corporativo estão associados com relacionamentos interpessoais.
Apreciar a vida, valorizar os momentos de felicidade, conectar-se mais com a natureza, comer alimentos saudáveis e colocar o corpo em movimento são algumas maneiras de lidar com o estresse, quando ele começa a dar os primeiros sinais. Mas para evitar suas consequências, é preciso estar atento. Observar-se e, além disso, perceber quando você começa a sair de sua essência centrada. É preciso se dar conta no momento exato em que seu coração começa a palpitar mais rápido ou quando inicia aquele frio na barriga. Desse modo, será possível dominar a raiva e não explodir no outro, não magoar quem pode te proteger; e não se incluir no muro das lamentações ou das agressões mútuas. Afinal, quantas vezes você estava bem “até que…” alguém carregado de negativismo interferiu na sua paz e criou um campo de guerra.
O estresse é algo que afeta a todos. Recentemente, foi publicado um vídeo no qual até o Papa se mostrou estressado. Budistas também afirmam que no ambiente zen há também quem se estresse, perca a paciência, o respeito e o autorrespeito. Não se trata de julgar quem está estressado, tendo em vista que todos nós já passamos ou provavelmente passaremos por situações semelhantes. No entanto, estar atento no aqui e agora, fazendo um planejamento adequado, mas sem deixar as preocupações afetarem a saúde faz bastante diferença.
Certamente, você mesmo sabe o que te faz feliz, o que te afasta de alguns colapsos nervos, o que te motiva a se movimentar mais. Faça uma lista, olhe para dentro de si, lembre-se de momentos que você foi forte e capaz de lidar com os seus desafios, lembre-se de pessoas que estiveram presentes e ajudaram você. Com certeza, ao recordar momentos tão positivos, você se sinta diferente e especial.
Conta para mim, o que você já faz para lidar com o estresse e a ansiedade? Vamos ajudar mais pessoas a pensarem ações de saúde e cura!
O que eu faço?
Para mim ler e refletir são as coisas mais importantes para eu lidar com o estresse.
Sempre gostei de estudar e me aprofundar nos conhecimentos espirituais…
Tenho meus momentos comigo mesma, tenho necessidade da minha própria presença e do meu encontro com o sagrado, que pode ser meu canto de oração, contemplação e meditação. Estes momentos me aliviam…