
Nem toda história de amor termina com um “felizes para sempre”, como nos contos de fadas. E nem todas acabam em tragédias arrebatadoras como Romeu e Julieta. O Museum of Broken Relationships, inaugurado em 2010 na cidade de Zagreb, nasceu de uma história pessoal de fim de relacionamento e cresceu a partir de doações anônimas de pessoas ao redor do mundo.
Com sedes permanentes na capital croata e em Chiang Mai, na Tailândia; e passagens por quase 70 cidades, entre elas Tokyo, Paris e Londres; o museu já recebeu mais de 2 milhões de visitantes.
A proposta é simples, mas eficaz. Qualquer pessoa pode doar um objeto relacionado ao fim de uma relação, seja ela amorosa, familiar, de amizade ou até mesmo ligada a acontecimentos políticos. Esse é o caso de um casal britânico que doou um broche com a inscrição “Maldito Brexit” e uma bandeira europeia, transmitindo insatisfação diante deste momento histórico. Todos os items expostos são acompanhados por relatos pessoais, assim como neste caso.

Os testemunhos vindos de diversas partes do mundo, dos Estados Unidos ao Japão, enriquecem o acervo. As diferenças culturais são perceptíveis no tom e na estrutura de cada relato, revelando como as experiências de término se manifestam de forma única, conforme o contexto e as tradições de cada região. Não obstante, o museu revela que apesar das fronteiras geográficas e culturais, as emoções que nos atravessam são profundamente semelhantes.
Há relatos extensos, e ao mesmo tempo, frases impactantes como a da foto abaixo:
“Trezentos dias foram longos demais. Ele me deu o seu celular só para que eu não pudesse mais ligar.“

Há também muitas histórias tristes, de belos projetos de casal que foram abandonados devido aos términos, como o dessa coreana. Ela conta sobre o seu prazer em brincar de decorar uma futura casa com o namorado, e relata o infeliz término antes que pintassem os móveis em miniatura.

O que faz desse projeto um caso de sucesso internacional vai além do seu apelo emocional. Segundo o professor Joachim Vosgerau, diretor do Bocconi Experimental Laboratory for Social Sciences (BELSS), o museu gera valor não por meio de um produto, mas por meio de uma experiência.
É oferecido ao público um espaço de reconhecimento emocional, no qual o público se identifica com vários dos testemunhos. Um bom exemplo é o da jovem de Bloomington, que diz ter guardado um pedaço de bolo de uma celebração de namoro no congelador dos pais, que permaneceu guardado por mais de 35 anos. O objeto, retratado na foto abaixo, espelha algo comum em muitos relacionamentos: o ato de guardar lembranças fisícas.

Além de ter recebido o prestigiado Kenneth Hudson Award, o museu se mantém financeiramente com um modelo híbrido que inclui bilheteria, doações, venda de produtos cuidadosamente concebidos e exposições temporárias em diferentes países.
Mais do que um espaço sobre términos, o Museum of Broken Relationships é um exemplo de como compreender emoções humanas pode resultar em um projeto cultural sustentável, inovador e de impacto global.
O programa de coaching transcultural oferece ferramentas de apoio emocional especialmente desenhadas para momentos de transição, como a mudança de país ou de carreira, o término de um relacionamento amoroso ou o enfrentamento do luto. Abordagens do NeuroCoaching como a ressiginificação de memórias ajudam a suavizar o sofrimento, favorecendo a elaboração do encerramento de ciclos e a construção de estratégias para novos começos.

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