
O coaching e o mentoring são processos conhecidos no ambiente corporativo, na perspectiva de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes de profissionais das mais diversas áreas. Embora os termos sejam exaustivamente comentados, ainda pode ser difícil fazer algumas distinções, pois ambos tratam de abordagens importantes para o desenvolvimento. Neste artigo, a proposta é clarificar as diferenças conceituais e os resultados que se pode atingir a partir de sua prática.
O coaching é uma abordagem para desenvolver pessoas e equipes, potencializar competências, minimizar lacunas e elevar o desempenho. O intuito do profissional coach é conduzir, inspirar e trabalhar a gestão pessoal do seu coachee por meio do autoconhecimento, identificação de metas e desenvolvimento de competências, para que sonhos se tornem realidade em um período de tempo menor do que o imaginado. O coach é um parceiro para a realização das metas e para gerar ou incrementar resultados positivos do cliente em todas as áreas da sua vida.
No mentoring, um profissional experiente orienta e aconselha seu mentorado para que ele aprimore competências e transponha as barreiras que podem estar impedindo ou prejudicando seu sucesso na carreira. O mentor externo pode ser: 1) um mentor-coach apoiando outros coaches a avançarem em suas profissões; 2) um mentor-coach apoiando mentores externos ou internos a fazerem uma boa mentoria; 3) um mentor-coach que atuou com liderança, apoiando outros executivos. O mentor interno, normalmente, é um líder que atua dentro da mesma empresa do seu mentorado. Nesse caso, ele contribui através da sua própria trajetória profissional, do conhecimento do negócio e do setor onde atua para que outros colegas consigam alcançar o reconhecimento, a visibilidade, o prestígio, o crescimento de forma estruturada, ética e sustentável, mas também que entenda o propósito, as metas e a cultura da organização. Normalmente, ele é um profissional de alta competência que é indicado pela Alta Administração ou que faz parte da diretoria.
Uma diferença marcante é que o coach não precisa ter experiência na área de atuação de seu cliente ou coachee. Seu papel não é aquele de orientar, aconselhar ou propor soluções, a partir de suas experiências. Ao contrário, ainda que o coach executivo supostamente seja capaz de indicar as melhores respostas, ele deve instigar que o coachee reflita e encontre as suas próprias estratégias, a partir de um trabalho profundo de escuta ativa e questionamentos apropriados realizado pelo seu coach. No coaching, o coachee amplia o seu olhar sobre si mesmo, é uma viagem de autoconsciência para rever seus talentos e alavancar um potencial que pode estar retido por crenças, por um desgaste emocional ou até mesmo por uma situação provisória.
O profissional indicado para ser um mentor-interno costuma ter anos de experiência corporativa e um elevado conhecimento do setor no qual atua. Ele irá auxiliar o seu mentorado a gerir a sua carreira, ao mesmo tempo em que alinha os propósitos individuais com aqueles da empresa, a fim de evitar futuros conflitos.
Há quem conceitue o mentoring como “o profissional mais velho, ajudando os mais jovens”. Na atualidade, esse conceito pode ser revisto. A experiência pode não estar, necessariamente, atrelada à idade cronológica, mas à riqueza das experiências, que podem ser positivas ou até mesmo negativas, mas que ajudaram a construir uma história pessoal ou profissional significativa e que vale a pena ser repassada para servir como inspiração para outras pessoas, independente de suas idades.

Muito boa explicação. Estou aprendendo muito. Sucesso sempre.
Estou aprendendo muito lendo seus textos. Siga adelante.
Artigo muito bom. Obrigada por explicar as diferenças dessas duas importantes metodologias de desenvolvimento pessoal e profissiona.