Como tornar uma fusão de empresas um caso de sucesso?

Muitas empresas quando estão em processo de fusão e/ou incorporação focam na redução de custos, nos resultados financeiros que pretendem alcançar, em ganhar escala; e, normalmente, cometem o erro de escutar apenas os investidores, sem se concentrar nos colaboradores das organizações. No entanto, se o trabalho das pessoas é desvalorizado pelos seus donos e gestores ocorre um clima de tensão que prejudica a produtividade, a integração entre os empregados, além de impactar no desligamento de funcionários, estimulados pela insegurança quanto ao futuro. A ausência de uma escuta efetiva prejudica a Alta Administração, que abre mão de informações relevantes para nortear seu planejamento estratégico, a identificação de pessoas-chave nesse processo e a integração entre os setores.

Existe uma dimensão no Coaching Executivo que aborda o contexto internacional e as relações culturais, ou seja, o Coaching Transcultural. Muitas empresas estão recorrendo a essa especialização a fim de apoiar os executivos e suas equipes a lidarem com as armadilhas culturais desse processo, pois a fusão entre empresas envolve também a fusão de crenças, valores, prioridades e isso costuma gerar conflitos e desafios entre as equipes multidisciplinares e multiculturais.

Integrar a “dimensão transcultural” na liderança e no desenvolvimento organizacional é mais do que observar as diferenças. As raízes culturais guiam o comportamento dos líderes e dos trabalhadores, suas suposições, percepções,  emoções e escolhas. Na prática, isso significa que elas moldam as expectativas em relação aos colegas e dirigentes, bem como sobre as atribuições de cada setor e de cada indivíduo, os estilos de liderança e de gestão. Essa dimensão afeta não apenas a produtividade individual de maneira profunda e complexa quando se trabalha em um ambiente internacional ou com alta diversidade cultural. Na prática, pode facilmente acarretar confusão, mal-entendidos e quebra de confiança. A liderança no ambiente de fusão seja ele nacional ou internacional envolve desenvolver mindsets e perspectivas; engajar e gerar conexão entre as pessoas. Liderar de forma efetiva as fronteiras culturais requer a autoconsciência, o autodomínio e a coragem de abordar as camadas mais profundas da compreensão de si mesmo, do outro, do contexto e de suas interfaces.

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