Anos atrás, tive a oportunidade de visitar Cape Town. A cidade era tão linda e com tanta beleza natural que passei a ter uma sensação constante de paz e gratidão. Ao deitar antes de dormir, eu fechava os meus olhos, e as belas imagens das flores, montanhas, praias continuavam vindo na minha mente até que eu relaxasse e acordasse no dia seguinte.
Relembro essa história, porque pouco é comentado sobre a estimulação sensorial para o nosso desenvolvimento ou bem-estar. Uma amiga, jornalista brasileira, Fabiana Mesquita, por exemplo, comentou que visitou uma prisão em Jacarta, na Indonésia, e se surpreendeu ao notar que na prisão tinha um aquário, que o ambiente era limpo, bonito, bem-cuidado. A imagem que temos de prisão é de ausência de luz. Como na escuridão as pessoas podem se sentir sensorialmente estimuladas à prática do bem? Como elas podem ter lembranças em suas mentes que promovam a paz, quando elas não têm oportunidade de ver flores, um céu azul, uma bela plantação de trigo ou um arrozal?
Os mecanismos neurais que nos permitem enxergar estão, certamente, conectados com as nossas emoções. Vem aí o meu desejo que o Governo e as instituições internacionais percebam que as nossas ações estão relacionadas à forma com que enxergamos ou percebemos o nosso ambiente. Para termos cidadãos engajados em fazer o bem é preciso que exista maior parceria entre as organizações filantrópicas e não-governamentais que já percorreram vários caminhos e desenvolveram métodos para apoiar diferentes grupos que necessitam de apoio como os prisioneiros, mas também os dependentes químicos, os que habitam em condições de miséria, entre outros.
Nas nossas casas, precisamos apresentar ambientes organizados, limpos, com belas obras de arte, esculturas, ou flores e artesanatos. Não precisa ser caro, mas precisa ter alma, que é o que faz um lar. Nos escritórios, precisa haver espaço para a harmonização das pessoas, pois o estresse tem dominado os executivos. Alguns não conseguem mais equilibrar vida pessoal e profissional. Se entregaram completamente para as demandas que não param de crescer e não percebem que estão se distanciando de seus familiares, amigos e até mesmo de sua boa condição de saúde. Espaços de lazer têm sido criados. Hoje são mais de 20.000 organizações que oferecem oportunidades de entretenimento aos funcionários (segundo o artigo Lazer e Produtividade no Trabalho).
Minha mãe dizia “os olhos são as janelas da alma”, sabedoria popular, que o mBraining tanto respeita. A ciência vem cada vez mais pesquisando essas relações, como no grupo do Prof Geraint Rees, professor de Neurologia Cognitiva na UCL, e nas declarações da Prof Peggy Mason, com quem tive o prazer de fazer o meu curso de Neurobiologia, pela The University of Chicago.
Você sabia disso? O que pode fazer a partir dessa informação em prol do seu próprio bem-estar, da sua família e da sua empresa?
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