Ainda não tinha entrado em um assunto tão delicado na categoria do desenvolvimento pessoal, mas não consigo ficar sem compartilhar com vocês algumas sensações que me impressionam.
O ambiente organizacional teve um crescimento notável nas relações interpessoais. A ênfase nas pessoas teve início com a Teoria das Relações Humanas, a qual surgiu com os resultados da experiência de Hawthorne, realizada na década de 1930. Embora acreditemos que ainda há muito para evoluir no mundo corporativo, fico impressionada que a instituição familiar esteja perdida diante dos avanços da modernidade.
Caiu o autoritarismo, caiu a ditadura, caiu o taylorismo…, mas ainda existe espaço para fórmulas educacionais fundamentadas em métodos antigos e ameaçadores, como a velha punição física ou moral, o excessivo controle e a baixa criatividade, ou o caminho oposto do altamente permissível. O desequilíbrio na fórmula desencadeia que os filhos comam demais e o que quiserem, pulem em cima dos móveis, destruam peças decorativas, não saibam respeitar o que é do outro, desconheçam qualquer regra de conduta ou limite; e, por conseguinte, tenham uma relação agressiva com pessoas e com a natureza. Cadê o velho livrinho de boas maneiras na cabeceira dos quartos, muitos deles em cordel?
“Ameaça ou oportunidade?”- vale também para o modo como vamos educar nossos pequenos. Queremos transformá-los em pessoas agressivas, nervosas, com vontade de castigar alguém ou em pessoas que merecem ser premiadas por suas lindas ações?! Quanto mais as crianças forem premiadas quando acertarem, menos elas terão falhas em seus comportamentos. Quanto mais amor e compreensão elas receberem dos pais, mais elas terão para oferecer.
Vale fazer um ciclo PDCA (=Plan, Do, Control, Act) para nossas competências também. Ninguém pode dar aquilo que não tem. Caso você esteja se sentindo carente, angustiado ou cansado; cuide-se, dê um presente para si mesmo, faça um passeio bonito, entre em contato com a natureza, medite…Com a alma renovada e a sensação de ter cuidado um pouco mais de si é bem mais fácil ser pai ou mãe. Então, é hora de mudar a fórmula e ser mais cooperativo, mais amável, mais líder do que patrão.
A partir das relações familiares equilibradas, o lucro da empresa você é mais do que certo tanto na sua estrada pessoal como na carreira. Após alguns anos, além da satisfação com seu próprio crescimento, haverá outras tantas para se orgulhar quando perceber que ajudou a nutrir, fortalecer e estimular positivamente o seu próprio filho.
Oi Adriana, como sempre você nos surpreende com seus textos.
Realmente, o caos está instalado, fomos (os da minha geração dos anos 60) massacrados e tolhidos pelos nossos pais, criança não tinha, voz, nem vontade, nem razão, nada, tinha só que obedecer, e a rebeldia peculiar do adolescente virava revolta, transtorno, ódio, ressentimentos. Hoje, pra não repetir a dose do antigamente, mudamos o jogo, não batemos, conversamos muito, nossos filhos têm vontades, voz, razão, alguma obediência e não sabemos como criá-los. E a rebeldia adolescente continua a mesma. Filho não vem com manual de manutenção.
Ser profissional, mulher, mãe, dona de casa, amiga, etc. tá difícil. Mas a vida é assim mesmo. Já conquistamos muita coisa, e o mundo tá aí para as mulheres dominarem, e transformá-lo no melhor dos mundos.
Chegaremos lá.
Beijos no coração. Saudades.
Lêda Dal