Na contramão do desenvolvimento tecnológico

As exigências do trabalho, somadas aos compromissos pessoais, fazem com que os executivos tenham pouco tempo para refletir sobre a integralidade de suas próprias vidas.

Habituados às exigências e demandas por resultados rápidos, eles permanecem conectados às obrigações institucionais por meio de netbooks e celulares corporativos nos horários para dedicação às atividades pessoais. Em muitas organizações, o contrário não é permitido e os telefonemas para casa, até mesmo a partir do celular pessoal são interpretados como falta de comprometimento na execução das tarefas.

Vários presidentes e gestores de grandes empresas percebem a importância de reduzirem a agenda de trabalho somente depois de vários problemas de saúde, ocasionados por estresse; crise conjugal; profunda desilusão, criada por falta de reconhecimento pela chefia e colegas ou, até mesmo, quando se percebem vítimas de assédio moral.

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1 comentário em “Na contramão do desenvolvimento tecnológico

  • Querida Adriana,

    Eu volto pra casa às 21.00 horas. Estou morto de cansaço, trabalhando todo o dia com os nervos à flor da pele. Não tenho fome, não quero falar; eu queria só dormir. Dou um beijo aos meus filhos e à minha esposa. Eu janto comendo somente por acalmar os meus nervos. Os meus filhos me contam muitas coisas, mas a minha mente está ainda pensando em que aconteceu no meu escritório. A minha esposa olha-me triste, os filhos desistem de falar comigo.
    Esta é a vida que eu quero? Reflito sobre isto e me pergunto quanto tempo eu posso ir à frente assim, sem provocar uma crise conjugal.
    Trabalho em casa até meia noite, mas no meu escritório eu presto muita atenção em ligar para casa o utilizar celular corporativo para dedicação às atividades pessoais. A empresa onde trabalho é bastante flexível mas não devo exagerar.
    Tudo o que escreveu, Adriana, é verdade absoluta e eu a encontrei na minha vida. É realmente o que acontece na Italia também. Um dia um director geral que trabalhava há muitos anos nos Estados Unidos da América me disse: “ Se um trabalha 8 horas, reduzindo os tempos mortos, não precisa continuar mais. A gente deve utilizar o tempo que precisa e dedicar o resto do dia à família ou à si mesmo se está sozinho. Nesta maneira um vai trabalhar mais sereno e a produtividade vai acrescentar.”
    A gente deveria trabalhar por viver, e não viver por trabalhar.
    Foi muito bom pra mim encontrar aquele director geral. Agora estou aposentado e fico feliz porque utilizei, mesmo que parcialmente, o ensino dele mudando o meu modo de viver.
    Um forte abraço
    Daniele ( Turim – Italia )

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