A diversidade no Governo Biden

U.S. minorities increasingly in the majority - CBS News

Um tema, há tempos, muito abordado no ambiente corporativo é a importância da diversidade nas organizações. A defesa desse princípio se dava pela oportunidade de ouvir diferentes opiniões, obter perspectivas de vida de diversas culturas, e com isso poder fazer um planejamento ou tomada de decisões mais efetiva. No entanto, embora a diversidade possa trazer benefícios, ela ainda não é comum. Isso ocorre, principalmente, porque opiniões divergentes geram conflitos, além de demora na realização de projetos, tendo em vista que os debates costumam ser mais longos em equipes heterogêneas.

Mas, por que Biden resolveu apostar na diversidade?

A questão é que governos para garantir sua popularidade precisam ofertar oportunidades para comunidades que enfrentam discriminação e possuem desafios profissionais para inserção no mercado de trabalho como negros, latinos, asiáticos, indígenas, mulheres, imigrantes, deficientes, pessoas da comunidade LGBTQ+ e, principalmente, aqueles que integram mais de uma dessas características. Nos Estados Unidos há pressão dos diversos grupos para que o Governo tome medidas que os favoreçam. Além disso, o Biden teve como bandeira de campanha uma proposta de mudança nas práticas de gestão.

Na nova política federal dos Estados Unidos, uma ordem executiva de junho de 2021 avança tanto na diversidade, como na equilidade, inclusão e acessibilidade no Governo. Nessa perspectiva, as instituições governamentais precisam desenvolver planos estratégicos para evitar a discriminação vigente; elevar a representatividade desses profissionais em cargos de Diretoria e promover o treinamento dos funcionários públicos nesse tema.

Sabe-se que a discriminação pode estar no recrutamento do profissional, mas também na definição salarial. Um exemplo muito comum é de mulheres que recebem salários menores do que homens, apesar de igual capacitação. Da mesma forma, discrepâncias nesse sentido ocorrem com profissionais com outras limitações, como uma deficiência física ou um trantorno mental.

Segundo pesquisa da McKinsey, as mulheres continuam subrepresentadas em cargos de chefia nos Estados Unidos.

É preciso atacar essas questões para uma mudança de mentalidade e cultura, pois ainda que os salários sejam equiparados, ainda será preciso trabalhar na respeitabilidade do profissional em uma mesa de reunião para que ele seja tratado de forma respeitosa. Comentários maliciosos, risinhos, ou até mesmo atos como ignorar as falas de um executivo gay, negro, autista são práticas comuns em organizações. De acordo com um relatório da McKinsey, funcionários trans, por exemplo, enxergam sua orientação sexual ou gênero como uma barreira de progresso no mercado de trabalho.

Transgender people, whether straight or LGBQ+, are more likely to view their gender or orientation as a barrier to future advancement.

Há quem tenha preconceito, pré-julgamentos, mas também desconhecimento das capacidades das pessoas. Empresas, como a Habitat International, que abraçaram a contratação de profissionais com deficiências como a Síndrome de Down em 1984, informaram ter obtido vantagens como a redução do absenteísmo, do turnouver e maior satisfação dos clientes pelos funcionários serem sorridentes.

A Toyota na Jamaica também é pioneira na inclusão de pessoas com deficiências, tendo realizado um trabalho de inclusão de deficientes auditivos. No entanto, ao redor do mundo, as suas empresas tem aumentado a inclusão de diversas raças.

Enquanto que no ambiente privado, as empresas já estejam criando suas próprias políticas internas de inclusão, principalmente a partir da década de 80, os governos ainda têm muito a se aprimorar.

Que outros países já atuam com políticas de inclusão?

Bélgica, Canadá, Emirados Árabes, Holanda, Reino Unido, Índia, Myanmar, Austrália e Nova Zelândia são alguns exemplos. A necessidade e a cultura de inclusão de alguns desses países começam com a sua colonização, com o volume de imigrantes, com a importância de atrair pessoas de diversos países e valorização das diferenças interculturais. Não obstante, a inclusão ainda é um tema que precisa ser mais discutido até mesmo em países considerados receptivos, pois pode não haver o preconceito racial, mas haver a discriminação de gênero.

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1 comentário em “A diversidade no Governo Biden

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