Como começou a minha paixão pelas Artes Plásticas?

Exposição “Brasil e Indonésia: tão longe e tão perto”, no Liberty Mall

Fui uma criança sensível, daquelas que se emociona com tudo: ria de gargalhar, mas também chorava fácil quando recebia uma demonstração de carinho e afeto, sentia saudade, era magoada, ou me despedia de alguém importante. Foi essa sensibilidade que me levou para as artes e, também, para o trabalho de coaching que exerço hoje. Minha vida pessoal e algumas escolhas importantes me guiaram para uma perspectiva de vida que nem eu mesma poderia imaginar.

Adriana Lombardo pintando no ateliê de Ni Wayan, em Jacarta

Tive interesse e atuei em outras áreas artísticas, antes de me interessar pelas Artes Plásticas a partir de 2001, enquanto eu vivia na Indonésia.

Foi assim…, meu marido italiano adorava as obras do Salvador Dali. Um dia, ele comentou que gostaria de ter uma tela desse maravilhoso artista espanhol. Eu disse: “Bem, é um desejo um pouco difícil de se realizar, tendo em vista que suas obras são bastante caras.”, e ele me deu a resposta mais inspiradora que eu poderia ter: “Eu me contentaria com uma bela cópia”. Então, meses antes do seu aniversário, disposta a preparar uma surpresa, passei a me dedicar por horas no ateliê da balinesa Ni Wayan Handoko. A conexão que fiz com essa professora e com as colegas artistas foi tamanha que a data da entrega da obra foi escolhida em grupo, e principalmente à convite da Wayan que sugeriu que eu entregasse o presente durante sua vernissage no restaurante Koi, no bairro Kemang. A sensação foi tão boa e os momentos de estudo e dedicação artística tão reveladores de minha essência que mesmo após ter alcançado a minha meta, não pude mais deixar as tintas e os pincéis.

Depois dessa experiência, continuei pintando, participei de uma exposição em Jacarta, e segui conectada com as Artes até voltar ao Brasil, em 2003. O primeiro contato que tive com os pincéis na minha terra natal aconteceu rápido. Eu tinha acabado de alugar um apartamento e aguardava a chegada do container com a nossa mudança. Uma caixinha, presente do amigo querido Andrew Trigg, no aeroporto, tornou-se irresistível e eu comecei a pintar no chão do apartamento. Foi um momento de entrega e conexão com tudo que eu tinha experimentado e vivido em meus três anos de Indonésia.

Exposição “Brasil e Indonésia: tão longe e tão perto”, no hall da Embrapa

Foram anos pintando aquelas imagens, até que em determinado momento, eu percebi uma imensa conexão entre cada uma delas e o Brasil. Assim surgiu a exposição “Brasil e Indonésia: tão longe e tão perto”, que aconteceu em vários lugares, como na Embaixada da Itália; no restaurante Panelinha, quando havia a Confraria do Bem, organizada pela Beatriz Schawb; no hall da Embrapa, no SESC da 504 Sul, no Liberty Mall e, por último no Gama Shopping.

A exposição “Brasil e Indonésia: tão longe, tão perto” é composta por dezenove telas, com pintura a óleo ou acrílica, nove das quais retratam traços do Brasil, enquanto outras nove apresentam um pouco da minha percepção sobre a Indonésia, em um paralelo que destaca uma proximidade inimaginável entre duas nações geograficamente distantes. A tela de abertura sintetiza esse conceito com uma flor comum às duas terras: o hibisco.

Adriana Lombardo, ao lado da obra “A Maternidade”, no TBV.


Além dessas exposições, participei em mostras coletivas no Ministério da Marinha, no SESC-DF, no Templo da Legião da Boa Vontade, e o que marca essa nova fase são as obras que promovem conexão, não apenas entre dois países, mas entre povos de qualquer parte do mundo. Com essa proposta, foi pintada minha obra mais recente “A Maternidade”, pois “mãe é mãe”, em qualquer lugar do mundo.

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