Ramadã: uma tradição da cultura muçulmana

Ramadan Mubarak, em árabe, significa Ramadã abençoado. O período do Ramadã é um momento especial para praticar a generosidade, ajudando pessoas, fazendo doações materiais. jejuando e orando. Quando morei na Indonésia, o país com maior número de muçulmanos no mundo, tive a oportunidade de perceber o quanto esse período de sacrifício era importante para eles. O jejum dura em torno de 13 horas por dia, e as rotinas diárias de trabalho seguem sem muitas alterações.

A leitura do Alcorão, que é a como a bíblia para os cristãos, acontece mais vezes durante o ramadã, assim como as visitas às mesquitas. Além de não poder comer, a ingestão de bebidas alcoólicas é completamente proibida, bem como qualquer prática sexual. Apesar de jejuar da manhã ao pôr do sol possa parecer muito difícil, os muçulmanos com quem conversei não seguem o ramadã por obrigação, mas sentem satisfeitos por se conectarem com Alá, por terem autocontrole do seu próprio corpo, por entenderem a angústia da fome para quem falta comida, e pela oportunidade de ter seus pecados perdoados.

Os muçulmanos muitas vezes são confundidos com terroristas, o que é um engano, porque isso se refere a uma minoria de fanáticos. Eu morava em Jacarta, quando houve o atentado ao World Trade Center, e recebi dezenas de ligações de amigos e colegas muçulmanos; explicando que eles não concordavam com essa ação, mas pelo contrário, lamentavam pelas perdas de brasileiros ocorridas nesse acidente.

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