Eu morava em Brasília, e por coincidência, na mesma quadra das duas cervejarias artesanais mais famosas da cidade. Quando a London Street foi aberta, em pleno período de crise no país (veja mais em Coaching News 43), o espaço, rapidamente, caiu no gosto dos brasilienses, que já gostavam de gastronomia, de bares e de cultura internacional.
Esse ano, foi aberta a primeira cervejaria artesanal em Kingston, na Jamaica. A Clubhouse Brewery tem alguns atrativos diferentes dos espaços que eu já conhecia, pois a fábrica está no mesmo local do bar e restaurante, que serve também um dos pratos tradicionais da culinária jamaicana, o jerck chicken. Um outro ponto forte da Clubhouse é a localização, no clube de golfe, onde os clientes podem admirar uma linda paisagem dos campos e das montanhas da cidade.
O atendimento ainda é um pouco confuso, pois, em geral, o cliente precisa ir até o balcão fazer as escolha da cerveja e do tamanho dos copos, antes de ir para a mesa e ser atendido. Além disso, embora o jerk chicken esteja sendo preparado na hora, pode demorar um pouco para ser servido ou pode faltar algum acompanhamento.
No final das contas, acho que o que todos querem saber é se a cerveja é boa? Na minha opinião, sim. A cerveja é saborosa e a temperatura é perfeita, chega geladinha, como é a preferência dos brasileiros.
Do meu ponto-de-vista de administradora de empresas e consultora internacional, acho que o negócio tem tudo para emplacar. O povo jamaicano gosta de cerveja e já aprecia a Red Stripe, que é uma cerveja local exportada mundo afora. Eles também gostam de saborizar as cervejas, algo comum nas cervejas artesanais. A marca Red Stripe já tem as famosas versões de limão e sorrel. Eu, por exemplo, tratando-se das artesanais, gosto muito das Ipas frutadas. Na Clubhouse, a minha opção favorita foi a Getaway. E, além disso, os expatriados da cidade estão sempre em busca de novos programas na cidade. Inclusive, na minha visita ao local, percebi que o ambiente estava lotado de pessoas de diferentes nacionalidades.
Cedric Blair, o pioneiro da estratégia em Kingston, diz que alguns o acham maluco por isso, mas que ele não se importa. Ele gosta de correr riscos. Acho que Blair, correu um risco muito bem calculado e deve ficar atento à gestão do negócio, pois o produto é excelente.