Gastronomia na perspectiva transcultural

No Brasil, a alta gastronomia é reconhecida e muito apreciada. Embora no país tenha somente 14 restaurantes estrelados, e nenhum com as “trois etóiles”, as pessoas continuam fazendo fila para saborear o que há de melhor. Os mais bem avaliados do país, com duas estrelas, são o D.O.M, do chef Alex Atala, em São Paulo; o Oro, do chef Felipe Bronze e o Oteque, comandado por Alberto Landgraf, no Rio de Janeiro. No entanto, são inúmeros os restaurantes de alto nível sem as estrelas que ganham a paixão tanto dos brasileiros como dos turistas.

A gastronomia é um meio de apresentar a cultura do país ou até mesmo a trajetória de um chef. O Alex Atala, por exemplo, mescla em sua cozinha autoral seus aprendizados na Bélgica, França e Itália. Com ascendência palestina e irlandesa, Atala valoriza principalmente produtos amazônicos, com referência indígena, como o açaí, baru, cupuaçu, priprioca, jambu, pupunha; além das suas famosas formigas, apresentadas no cardápio Optimus.

Hoje em dia, os chefs atuam cada vez mais numa perspectiva transcultural. Enquanto o chef italiano Massimo Bottura, da Osteria Francescana, esteve no Brasil para inaugurar o Refettorio Gastromotiva na Lapa, um local onde os pratos são vendidos a baixo custo ou gratuitos para aqueles que não tem condições de pagar pela refeição; o Atala atuou no Salone del Gusto – Slow Food e Identitá Golose, evento piemontês dedicado a promover a comida artesanal local. Pouco tempo atrás, inclusive, o chef brasileiro estava em Milão trabalhando em parceria com o chef italiano Francesco Mascheroni, do Armani Ristorante, para criar uma ponte gastronômica entre o Brasil e a Itália através de um menu degustação com produtos dos dois países.

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