Como seria se o seu personagem favorito tivesse que aprender uma nova maneira de resolver os conflitos?

Mônica é uma personagem de histórias em quadrinhos brasileira, criada por Mauricio de Sousa em 1963, inspirada na filha do desenhista. A Turma da Mônica é composta, principalmente, por ela e sua melhor amiga Magali, e os amigos Cascão e Cebolinha. As histórias apresentam aos poucos as famílias de todos, os primos da cidade, da roça, os animais de estimação dos personagens, seus gostos e estilos de vida.

A Turma da Mônica ganhou as revistinhas em quadrinhos e marcou a minha infância. Eu amava ler as histórias dessa turminha, mesmo que achasse o Cebolinha e os seus planos “milabolantes” bem malvados. Nessa turma, cada um tinha seu ponto fraco: Magali era muito gulosa; o Cebolinha trocava o “r” pelo “l”; o Cascão tinha medo de água e não tomava banho; e a Mônica ficava muito estressada se alguém a chamasse de baixinha e dentuça ou fizesse algo contra o seu coelhinho de pelúcia, o Sansão.

Nas histórias, normalmente, Cebolinha e Cascão armavam contra a Mônica. Essas armações envolviam a captura do Sansão, descobrir algum segredo da Mônica, se tornar mais forte do que ela, etc. Mas, a menina esperta, sempre descobria tudo, ficava com raiva e depois resolvia o problema ao seu modo. A forma como a Mônica resolvia os conflitos era sempre a mesma: ela dava uma boa surra nos dois garotos, ou, pelo menos, no Cebolinha.

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Nada “acabava em pizza”. Então, Mônica fez as suas malas e foi tirar férias na Islândia, um local seguro nesses tempos de pandemia. O que ela não esperava é que as pessoas por lá tivessem uma maneira diferente de lidar com os conflitos. Ao invés de uma atitude explosiva, todos tentavam encontrar uma solução que não estivesse focada na assertividade, mas tampouco na acomodação frente ao problema. A solução deveria ser refletida e estudada com base na causa do conflito e não apenas nas chateações individuais, confusas por atitudes pessoais como orgulho, vaidade, honra, preconceito. Além disso, na Islândia, tentavam entender onde pretendiam chegar, a partir de um acordo. A Mônica não entendia nada daquela conversa, pois nunca tentou conversar com os seus colegas e entender as razões de brigarem tanto. Sua forma de manter a sua paz, sempre foi por meio da guerra.

Será que essa viagem mudaria o jeito da Mônica, tornando-a ainda mais forte e poderosa, porém com um novo estilo? Será que ao retornar aos mesmos problemas, ela usaria de novo os seus velhos modos? Teria Mônica um choque-cultural reverso ao retornar ao seu país de origem?

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