Ontem à noite, terça-feira, 31 de julho, na Band, aconteceu a grande final do programa MasterChef Amadores. A disputa acirrada estava entre Hugo Merchan e Maria Antônia Russi. A grande torcida no mezanino e nas redes sociais era para Hugo. O cirurgião-dentista, de 25 anos, entrou e se manteve no Programa, graças às “repescagens”. No entanto, sua permanência, ao longo de tantos episódios, foi mantida, devido a muita disciplina, estudo, determinação, liderança, autoconfiança, e também muita sutileza, delicadeza e primor na apresentação dos pratos. Ele foi crescendo no MasterChef, se aprimorando, se destacando e mostrando que o sucesso é alcançado por resultados, mas também graças a uma trajetória de (re)conquista, esforço e superação.
No Brasil, a juventude brasileira, em particular, está em um momento carente de bons exemplos e fontes para se inspirar a ser melhor. Muitas vezes, diante das posturas negativas dos jovens, e até mesmo dos adultos, no tratamento rude, na postura sem ética e oportunista, no jeitinho de querer tirar vantagem em tudo; as pessoas acabam achando que serem boas, honestas e íntegras pode não valer a pena. Com índole boa, Hugo, do alto do mezanino, mostrava-se sempre feliz com os elogios dos jurados tecidos até mesmo para os seus adversários. Ele não travou uma guerra com ninguém. Ele só competiu consigo mesmo, desafiando-se a ser um cozinheiro melhor a cada dia. Nas redes sociais, hoje, após o resultado da final, alguns internautas brincam que na sua sobremesa faltou açúcar, porque ele era o próprio doce. A comunicação verbal e não-verbal desse jovem fazia o telespectador brilhar os olhos. Ele gerou paixão e inspiração. Quantas pessoas querem ser como o Hugo, querem seguir suas redes, mas, principalmente, os seus passos.
A decepção do público veio, porque acostumados aos finais felizes das novelas da Rede Globo, todos queriam uma certa “justiça”. A aposta era na trajetória do Hugo, pela atenção aos detalhes que ele demonstrava e suas inúmeras competências: organização de sua bancada de trabalho; escuta ativa das sugestões dos jurados e colegas; planejamento; mente brilhante e estruturada, capaz de replicar pratos de grandes cozinheiros; ousadia em sair da zona de conforto e se desafiar a ser contemporâneo; postura profissional e de aprendiz; atitude centrada, ética, delicada e inspiradora; inteligência emocional; busca íntima por deixar a insegurança e a timidez dar espaço para o autocontrole e a autoconfiança, de maneira equilibrada. O público queria sentir que esse padrão de comportamento vale a pena, porque, no íntimo, todos nós queremos estímulos para sermos melhores.
É importante lembrar que, independente da leitura individual do que é justo ou injusto, a final do MasterChef ainda é só um capítulo da trajetória de vida desse cozinheiro que deixou o amadorismo faz muito tempo. A sua novela pessoal ainda tem muito para ser escrito e se ele mantiver essa postura, ainda ganhará muitos prêmios pela frente. Hugo, agora, será, para mim, mais um exemplo de “mindset de crescimento”, quando eu der os meus próximos cursos.
O seu comentário está ótimo. Ele realmente fazia juz ao prêmio.
Acredito que o fato da Maria Antônia ser mulher e mãe ela acabou sendo gratificada por isso e tbem mais velha .
Eu simplesmente não gostei do resultado. Ela não brilhou durante a competição e se mostrava uma pessoa que não tinha muita consideração pelos colegas tanto que a maior torcida ficou com Hugo lá no mezanino. Uma pena.
As pessoas, hoje, não querem mais ver um único resultado. Elas querem um histórico, uma trajetória de trabalho, coerência, mas também valores nobres. Precisamos investir na mudança de mindset.
Hugo é tudo isso,e muito mais.Já é um vencedor nato.Assisti todos os episódios e vi o quanto profissional ele se tornou,diante das adversidades. Sempre dedicado ,humilde e generoso. Nao há explicação para o resultado. Parabéns pelo texto,Adriana.
Suzana, agradeço sua presença aqui no blog. Fico feliz que tenha apreciado o texto. Notei que gostou, em particular, de ver uma história de superação e um jovem com valores éticos. Você ressaltou a humildade. Achei, também, esse aspecto bem marcante no Hugo Merchan.
Volte sempre!
Hugo. Hugo. Hugo. A explicação para ele ser quem ele é, desconheço. Apenas sei que ele é estupendo.
Que emoção gostosa e contagiante, Mariangela!
Muito obrigada por seu comentário e volte sempre!
Não adianta, seja quem for “agraciado” não fará ter sucesso longo se o talento de uma “excelente comida” o Chef não ter TALENTO… O melhor Talento é Sucesso será visto à quem souber manter se uma magnífico profissional…